CONHECIMENTO GERAIS

domingo, 21 de novembro de 2010

Período Arcaico

PERÍODO ARCAICO: ATENAS (EVOLUÇÃO POLÍTICA):

1 - A MONARQUIA:

Havia o baileus (um rei), portanto uma monarquia hereditária. O rei é chefe de guerra, juiz e sacerdote. Seu poder é limitado por um conselho de aristocratas (Areópago).

A população dividia-se em cinco classes:

• EUPÁTRIDAS: os bem nascidos. Representam à aristocracia agrária, dona das melhores terras.
• GEOMORES: (georgoi) formada pelos pequenos proprietários de terras.
• DEMIURGOS: comerciantes e artesãos.
• METECOS: classe social constituída de estrangeiros. Eram comerciantes, pessoalmente livres, mas sem direitos civis ou políticos.
• ESCRAVOS: prisioneiros de guerra, sem direitos políticos, eram inicialmente inexpressivos, mas logo se transformaram na base da produção agrária. Em Atenas atuavam em todos os ofícios, exceto na atividade política. Podiam chegar à liberdade, mas nunca a cidadania.

Os eupátridas, donos das maiores e melhores terras na planície (pédion), buscavam preservar seus privilégios e poder. Já os comerciantes buscavam mudanças a fim de conseguir participação no poder. Em pior situação estavam os georgois, habitantes da montanha, vivendo em péssimas condições e sem direitos políticos. Muitos recorriam a empréstimos para poder cultivar suas terras, visando à sobrevivência. Não podendo satisfazer suas contas, muitos tinham hipotecado suas terras aos riscos e depois, como eram incapazes de pagarem as dividas, eram reduzidos por eles à escravidão e até vendidos para os estrangeiros. (escravidão por divida).

terça-feira, 31 de agosto de 2010

EDUCAÇÃO ESPARTANA

A legislação espartana baseava-se num código de leis atribuído a um legislador lendário Licurgo, cuja existência é posta em duvida pela história. Essa legislação preservava a sociedade assegurando aos espartíatas totais privilégios. Toda sociedade e a educação espartanas estavam voltadas para a guerra. Nesse tipo de organização social o exército tinha importância fundamental. Era sobre ele que se assentava a ordem interna e a defesa externa.
O estado espartano regulamentava minuciosamente a vida familiar. Não existe em Esparta a vida privada e a vida pública, pois o estado sintetiza todas as atenções e os interesses. Do ponto vista cultural o governo estimula o laconismo, a xenofobia e a xenelasia. O laconismo consiste em falar tudo de maneira sintética, em poucas palavras. Isso para limitar a capacidade de raciocínio e o espírito crítico dos cidadãos. A xenofobia (aversão aos estrangeiros) e xenelasia (expulsão dos estrangeiros) impedem o contato com idéias inovadoras e, portanto, consideradas subversivas para o sistema espartano. Tanto o laconismo, quanto a xenofobia e xenelasia, eram meios para reforçar o status quo e evitar mudanças.
Nesse sentido, Esparta procurou sempre tornar suas leis imutáveis, tornando-se um Estado conservador e reacionário. Para garantir o status quo, isto é, a dominação de uma minoria sobre a maioria de escravos e periecos, Esparta organizou um sistema especial de educação. Os cidadãos deviam viver para o Estado e não para a família ou para si mesmo. Deviam fazer guerra contra os inimigos de Esparta e procriar os filhos necessários para fortalecer as fileiras do exército. Isso explica a relativa liberdade sexual: até os empréstimos de esposas eram tolerados, desde que a finalidade fosse procriar filhos para o Estado.
Assim que nascia, a criança era examinada pelos velhos, que decidiam sobre sua vida ou sua morte. Se fosse robusta, sem defeitos físicos, a criança devia viver; se não, era lançada do alto do monte Taigeto, para que não transmitisse mais tarde sua inferioridade física.
A criança ficava sob os cuidados da mãe até os sete anos de idade. Em seguida era entregue ao estado que lhe dava educação cívica até os doze anos. Todos os ensinamentos baseavam-se nos valores próprio do Estado. Em grupos meninos e meninas eram instruídos de acordo com os interesses dos espartanos. Aos 12 anos, os meninos eram mandados para o campo onde deviam sustentar-se por conta própria. Esta era a fase de educação militar propriamente dita. Dormiam ao ar livre, sobre camas feitas de bambu que colhiam com as próprias mãos, sem ferramenta as margens do Rio Eurotas. Tudo o que comiam era roubado. Aprendiam a roubar com destreza e habilidade, pois se fossem surpreendidos roubando seriam espancados até a morte, não por causa do roubo, mas pela demonstração de inabilidade.
Esta fase de educação tinha por finalidade fortalecer o físico e desenvolver a destreza, indispensáveis ao bom soldado. Aos 17 anos, os rapazes eram submetidos a uma prova de habilidade, a kríptia. Durante o dia os meninos se espalhavam pelo campo munidos de punhais; à noite degolavam todos os escravos que conseguiam apanhar. Aqueles que passavam por esta “prova” tornavam-se maiores e recebiam um lote de terra. Em seguida passavam a viver como soldados no quartel. Até aos 30 anos os espartíatas não podiam se casar, apenas coabitar. Dos 30 anos em diante podiam participar da assembléia, casar e deixar o cabelo crescer. Aos 60 anos se aposentavam do exército e podiam tomar parte no conselho dos Anciãos (Gerúsia).
Essa educação, ao mesmo tempo em que preparava para a guerra, contribuía para eliminar uma parte de escravos. Isso impedia seu crescimento exagerado (que representava uma ameaça para os espartíatas) e facilitava o seu domínio através do terror. Mas o próprio aumento da população espartíata era limitado por esse tipo de educação. De fato, embora numerosos devido à liberdade sexual existente, muitos filhos morriam logo depois de nascer, ao serem lançados do Taigeto; outros desapareciam durante a fase de educação militar, mortos pela fome, pelo frio, pelos castigos ou luta contra os escravos. Desse modo, o número de escravos não aumentava e o dos cidadãos também não. Essa estabilidade demográfica contribuía para a preservação do imobilismo da sociedade, pois aliviava a pressão dos escravos e diminuía a necessidade de mais terra para novos cidadãos.
As mulheres de Esparta também recebiam desde a infância, um rigoroso treinamento físico e psicológico, no intuito de se prepararem para ser mães e esposas de guerreiros. Gozavam de maior liberdade que as mulheres de outras cidades-estados.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Sociedade Espartana.

SOCIEDADE ESPARTANA:

Havia em Esparta TRÊS CAMADAS SOCIAIS bem diferentes:

• Os espartanos ou espartíatas eram a classe dominante, formada pelas famílias dos conquistadores dórios. Estavam proibidos de se dedicarem à agricultura, ao comércio ou qualquer outra atividade que não fosse à política e a guerra: eram verdadeiros soldados profissionais.

• A segunda camada social era formada pelos periecos. Eram os elementos que haviam se submetido, sem oporem grande resistência aos conquistadores dórios. Eram camponeses, comerciante e artesãos, podendo possuir terras e bens móveis; gozavam de uma certa autonomia, vigiada por funcionários espartanos e obrigados a pagar tributos. O casamento entre espartanos e periecos era proibido. Serviam no exercito em unidades à parte, pois o serviço militar lhes era obrigatório.

• A última camada social era composta pelos hilotas. Representam as populações dominadas e reduzidas à escravidão pública. Trabalhavam na agricultura nos kleros (lotes de terras) para sustentar o proprietário e sua família. O que distinguia, em primeiro lugar, os hilotas dos outros escravos de outros estados gregos é que eles eram propriedades do estado, “escravos públicos”. Além disso, um conjunto de fatores permite que eles sejam caracterizados mais como servos do que como escravos propriamente ditos. Cultivavam a terra com suas ferramentas e pagavam uma renda anual fixa (apófora) in natural: trigo, vinho, queijo, azeite. Os Hilotas iam muitas vezes à guerra, como escolta, carregadores, criados. Sua vida era tão dura que o poeta espartano Tirteu os comparou a “asnos sobrecarregado”. Suas revoltas eram freqüentes o que colocava os dominadores espartanos sob constante ameaça. Para prevenir essas revoltas, os espartanos exerciam, anualmente, matanças de hilotas nas aldeias (as críptias).

sexta-feira, 16 de julho de 2010

PERÍODO ARCAICO: A CIDADE-ESTADO DE ESPARTA:

Esparta ou Lacedônia situa-se na Península do peloponeso, na planície da Lacônia. Foi fundada no século IX a.C. e invadida pelos Dórios que submeteram as populações ali estabelecidas e se apossando da maior parte do território. No século VIII a.C. os Dórios conquistaram a Messênia. O motivo da conquista foi a escassez de terras, causada por sua vez pelo crescimento da população dória. Apesar da relação os messenios foram todos reduzidos à condição de escravos.

DO PONTO DE VISTA POLÍTICO TEMOS:

• A DIARQUIA: uma monarquia composta por dois reis (para evitar a autocracia). Os reis escolhidos entre os membros das famílias mais importantes tinham cargo hereditário e possuíam o comando supremo do exercito – um deles comandava as tropas em guerra e o outro permanecia em Esparta. Eram os sumo-sacerdotes e juizes supremos.

• A GERÚSIA: representa o senado espartano, composto por 28 membros da aristocracia, com idade superior a 60 anos. Cabia à Gerusia tomar as decisões importantes e legislar, além de controlar os diarcas.

• O EFORATO: composto por 5 membros eleitos pela assembléia do povo. Possuíam as funções executivas, administrativas e fiscalizavam a vida pública.

• A APELA: ou assembléia do povo, formada por todos os cidadãos espartanos maiores de 30 anos. Vota as leis e escolhe os gerontes.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

PERÍODO HOMÉRICO: A SOCIEDADE GENTÍLICA:

PERÍODO HOMÉRICO: A SOCIEDADE GENTÍLICA:

A célula básica da sociedade grega após o século XII era o GENOS: grande família ainda não decomposta em famílias menores. Todos os descendentes do mesmo grupo viviam no mesmo lar. São características básicas do genos:

• O chefe era o pater famílias que dirigia o culto aos antepassados, responsável pela justiça (baseada nos costumes) e pela administração.

• A propriedade era coletiva (não podia ser vendida, nem cedida, nem dividida). O trabalho também era coletivo realizado em iguais condições. A produção era distribuída igualitariamente impedindo a diferenciação econômica. Era uma economia exclusivamente agro-pastoril. Se existisse excedente, a família comprava escravos, contratava artífices e adquiria mercadorias (tesouro do genos). Resumindo: a nível econômico temos o coletivismo, do ponto de vista social a igualdade e, do ponto de vista político, a autoridade do pater famílias.

• CAUSAS DA DESINTEGRAÇÃO DO GENOS: em primeiro lugar, o crescimento da população não era acompanhado, no mesmo ritmo, pelo crescimento da produção, pois as técnicas de cultivo eram muito rudimentais. Isso significa a diminuição da renda familiar, diminuição, portanto, da renda individual, gerando descontentamento.

• CONSEQUÊNCIAS DA DESINTEGRAÇÃO: no plano social, diferenciação social, aparecimento de grandes proprietários de terra, pequenos proprietários e os sem nada que tornaram-se demiurgos e piratas, e que tiveram que buscar uma alternativa – a segunda diáspora grega – na vida ao longo do litoral, tornado-se precursores do comércio marítimo; no plano político, passagem do poder do pater famílias para os parentes mais próximos – os Eupátridas – os bem nascidos. Isso deu origem à aristocracia grega; no plano econômico, surge a propriedade privada.

OBS.: a desagregação das comunidades primitivas da Grécia e, posteriormente, das de Roma, evoluiu para uma sociedade de classes cujo sistema de produção era escravista. O que isto quer dizer? Quando queremos compreender o modo de vida de uma sociedade, devemos começar observando o modo pelo qual os homens produzem os meios de subsistência. Sociedade de classes de base escravista significa que aparecem relações de produção em que poucos indivíduos passaram a deter, regime de propriedade privada, não só os instrumentos de trabalho mas também a terra e, finalmente, o trabalhador que foi reduzido à condição de escravo.
Para que esse processo se desencadeasse, a precondição fundamental foi a acumulação de riquezas (rebanhos, terras, instrumentos,...) que se originou sobre tudo do saque às populações vencidas em guerras. O emprego da força de trabalho do prisioneiro de guerra ou de populações inteiras que foram escravizadas passou a sustentar a comunidade.
O Estado, entre os gregos, surgiu no final do período homérico e no início da chamada era Arcaica. À gradativa diferenciação da sociedade em classes - fenômeno ocorrido quando da desintegração do sistema gentílico – correspondeu o progressivo distanciamento do poder político, que tendeu a ser concentrar nas mãos da aristocracia de nascimento e se separar da maioria da sociedade, opondo-se a ela. Ao mesmo tempo, as comunidades ligadas pelo parentesco passaram a se unir sob o princípio da territorialidade formando a polis.

Os gregos não ultrapassaram a concepção de cidades-estados: as polis gregas permaneceram isoladas, constituindo estados autônomos. Nenhuma das cidades-estados chegou a atingir o equilíbrio interno dos diferentes fatores econômicos e sociais que permitisse lançar-se a empreendimentos exteriores capazes de impulsionar a unificação da Grécia.

sábado, 29 de maio de 2010

"Onde vais à tardezinha,
Mucama tão bonitinha,
Morena flor do sertão?
A grama um beijo te furta
Por baixo da saia curta,
Que a perna te esconde em vão..."
............................................
Castro Alves

terça-feira, 25 de maio de 2010

GRÉCIA: POVOAMENTO

Provavelmente os primeiros povos a habitar a Grécia foram os Pelásgos ou Pelágios. por volta do ano 2000 a.C. teve início na grécia um grande período de invasões pelos povos arianos indo-europeus:

  • Os primeiros foram os Aqueus que fundaram Micenas, cidades que constituiu o berço da civilização creto-micênica.
  • Em seguida chegaram os Jônios que se estabeleceram na Península da Ática, fundando Atenas;
  • Os Eólios que fixaram-se na Grécia central onde fundaram a cidade de Tebas;
  • Por últimos, chegaram os Dórios: essencialmente guerreiros,ao que parece foram eles os destruidores da civilização creto-micenica, de muitas cidades gregas e responsáveis pelo deslocamento de grupos humanos da Grécia Continental para diversas ilhas do Mar Egeu e para a costa da Ásia Menor. Esse processo é chamado de Primeira Diáspora Gréga. A vida urbana enfraqueceu-se, assim como a vida política e econômica, caracterizando um processo de regressão da Grécia a uma primitiva e rural.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

GRÉCIA

O mundo helenistico nasceu e desenvolveu-se em quadro geografico bem mais amplo do que a atual Grécia. A ilha de Creta, a Grécia continental, a costa do Mar Egeu da Ásia Menor, as ilhas dos mares Jonicos e Egeu seu berço inicial. as caracteristicas geoecológicas desta regiões - que passaram a ser chamar simplesmente de Grécia. condicionaram profundamente a origem e o desenvolvimento da sociedade grega, o litoral extremamente recortado com golfos e baías profudas, possibilitou aos gregos a ascensão nas atividades marítimas e comercial e o relevo da penísula extremamente acidentado com predominio de elevações montanhosas, ocasionou em termos políticos, o surgimentos de cidades-estados autônomas.
Chamada de Hélade pela mitologia (o ancestral seria Heleno, filho de Deucalião e Pirra), compreende a Grecia Continental (Grécia Européia), e a Grécia Insular (as Ilhas do Mar Egeu),e a Grécia Peninsular (Peloponeso e Ática).